A sexualidade é uma parte muito importante das nossas vidas, mas diversos fatores podem levar a algumas dificuldades para se obter uma vida sexual satisfatória. Neste episódio a psiquiatra Dra. Karina Calderoni dá mais informações a respeito.
As disfunções sexuais englobam todo tipo de incapacidade de participar do ato sexual de forma satisfatória, seja pela falta, excesso, dor ou desconforto, falha nas respostas fisiológicas ou incapacidade de controlar ou experimentar o orgasmo.
Quais são os principais transtornos de disfunções sexuais?
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Ejaculação precoce: é aquela que ocorre logo após a penetração ou até mesmo antes, sem que o homem tenha controle. Para identificar o distúrbio, é preciso que o episódio se repita com frequência e o homem não consiga satisfazer a parceira ou o parceiro, na maioria das relações. Não há uma duração considerada ideal para medir o momento certo da ejaculação, já que o que conta é a satisfação do casal durante o sexo. A causa mais comum de ejaculação precoce é a ansiedade.
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Ejaculação retardada: ao contrário da ejaculação precoce, a retardada acontece quando o homem demora muito para ejacular ou até mesmo não consegue. Isso acontece apesar de haver estímulo sexual adequado e desejo de ejacular. As causas podem ser orgânicas (causas relacionadas ao sistema hormonal) ou psicológicas.
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Disfunção erétil: é definida como a incapacidade do homem em obter e manter uma ereção plena durante uma relação sexual. É importante destacar que se isso ocorre eventualmente em algumas relações, não deve ser motivo de preocupação. Porém, quando recorrente, o problema se torna responsável por gerar dificuldades como baixa autoestima e estresse, além de prejudicar a intimidade sexual e o relacionamento do casal.
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Transtorno do desejo sexual hipoativo: é caracterizado como diminuição ou ausência de fantasias, desejos ou interesse em atividades sexuais. Para que seja considerado um transtorno, ele deve causar acentuado sofrimento ou dificuldades no relacionamento. Simplesmente ter menos desejo do que o parceiro não é suficiente para o diagnóstico.
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Transtorno do orgasmo feminino: é caracterizado por atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo após uma fase normal de excitação sexual. As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou na intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O diagnóstico desse transtorno deve levar em conta se a capacidade orgástica da mulher é menor do que seria esperado para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. Além disso, a perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal.
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Transtorno da dor gênito-pélvica/penetração: esse transtorno é chamado assim na nova classificação de transtornos psiquiátricos, o DSM-V, mas até então era dividido em vaginismo e dispareunia.
Esse transtorno refere-se a quatro dimensões de sintomas:
- dificuldade para ter relações sexuais e de experimentar qualquer forma de penetração;
- dor na região genital e pélvica durante tentativas de penetração;
- medo de dor ou de penetração vaginal;
- tensão dos músculos do assoalho pélvico.
Disfunção sexual é muito mais comum do ser que imagina e tem forte impacto na qualidade de vida das pessoas. Se você se identificou com algum desses transtornos, procure um médico para avaliar sua condição clínica.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.
Fonte: Brasil61