Savia David, a líder da seção de percussão da Unidos de Vila Maria, compareceu ao Sambódromo do Anhembi para monitorar a avaliação das agremiações de samba de São Paulo. Apesar do fato de sua escola ter sido rebaixada para a divisão inferior, ela avaliou o desfile de forma otimista e relatou suas dificuldades em atravessar a avenida devido à forte tempestade.
Ela admite: “A chuva me deixou nervosa. Quando cheguei à área de concentração, a chuva começou a cair com força. Fiquei preocupada com os carros alegóricos, com a comunidade e comigo mesma, especialmente com minha fantasia. É muito fácil escorregar na pista e se machucar. Um erro pode significar uma nota baixa e prejudicar toda a escola. Graças a Deus, tudo correu bem, e saímos com a sensação de dever cumprido.”
Devido à chuva intensa, Savia teve que se esconder entre os carros alegóricos para evitar danificar sua roupa. No entanto, mesmo assim, sua saia de penas ficou toda molhada e ainda mais pesada. E o detalhe é que era a maior saia que ela já usara em seus mais de 15 anos de carnaval, medindo 2,5 metros de largura.
“Minha saia ficou muito pesada. Tive que colocar uma fita antiderrapante extra nas sandálias e arranhá-las completamente para evitar escorregar. Foi uma situação difícil (risos). Naquele momento, pensei em desistir de usar a saia, mas isso poderia resultar em penalidades ou notas mais baixas. Pedi proteção divina e entrei. A energia da bateria me fez esquecer de tudo”, confessa ela.
Quanto ao resultado, Savia diz que não foi o que esperava. No entanto, ela confirma que permanecerá na escola de samba. “Sou uma Vila Maria e estarei com a comunidade independentemente do grupo, seja especial ou de acesso. Fizemos um desfile maravilhoso. O Carnaval de São Paulo está cada vez mais competitivo, e cada detalhe faz a diferença. Uma coisa é certa: desfilamos com alegria e muita paixão”, defende ela.
Fotos: J. Domingos / Edu Graboski / Divulgação