A trajetória da modelo Faby Vargas é uma história de superação e empoderamento feminino. Depois de enfrentar a anorexia e a rejeição de uma revista masculina, ela decidiu se lançar no mercado de conteúdo adulto, criando sua própria marca e se tornando um sucesso no OnlyFans.
O preconceito sofrido por Faby em razão de sua origem rural é uma triste realidade enfrentada por muitas mulheres que não se encaixam nos padrões de beleza e comportamento impostos pela sociedade. Ainda hoje, a ideia de que as mulheres devem ser “montadas” e ter glamour para serem valorizadas é perpetuada pela mídia e pela cultura popular.
“Na época me chamaram de caipira, só porque venho da roça. Moro no Espírito Santo e minha família é da zona rural. Falaram que menina do interior não vendia, que as pessoas querem mulheres montadas, que tenham glamour. E eu era da roça, andava de bota e camisa xadrez. Fiquei triste, claro. Mas aquilo só me deu força para buscar meu dinheiro. Era uma realização pessoal posar nua. Pensei: por que não faço por mim mesma? Foi então que me joguei na plataforma”.
No entanto, Faby não se deixou abater por essas críticas e encontrou uma maneira de se destacar no mercado adulto, oferecendo um conteúdo autêntico e diferenciado. Ao mostrar seu dia a dia na roça de forma sensual, ela conquistou um público fiel que se identifica com sua história e valoriza sua autenticidade.
Além disso, Faby tem uma postura firme em relação ao seu valor como profissional e como mulher. Ao recusar o cachê oferecido pela revista masculina e optar por criar seus próprios conteúdos, ela mostra que não está disposta a se submeter a padrões impostos por terceiros e que acredita no seu próprio potencial.
A decisão de se lançar no mercado adulto também trouxe a Faby uma nova fonte de renda e a possibilidade de se realizar profissionalmente. Ao ganhar R$ 40 mil com seus nudes, ela conseguiu mudar de vida e se tornar uma empreendedora de sucesso, valorizando seu corpo e sua sexualidade de forma consciente e positiva.
“O pessoal gostou, era diferente de tudo o que tinha no OnlyFans. Enquanto as meninas faziam fotos luxuosas, em praias e iates, eu me exibia no mato, na roça (risos). Percebi que era um fetiche dos homens, mexia com a imaginação deles. Pensei: agora mudo de vida. Nunca tinha ganhado dinheiro dessa forma. Quando caiu R$ 40 mil na minha conta, nem acreditei, achei que fosse alguma brincadeira”.
É importante destacar que a atitude de Faby não deve ser vista como um incentivo à exploração sexual ou à objetificação da mulher. Ao contrário, ela mostra que é possível trabalhar com conteúdo adulto de forma ética e respeitosa, valorizando a liberdade sexual e a diversidade de corpos e histórias. Cabe a cada pessoa decidir qual é a melhor maneira de expressar sua sexualidade e buscar seu próprio caminho para a realização pessoal e profissional.