Dedicando a sua vida à arte e a um olhar de uma nova sustentabilidade criativa e social, Daniel Villa Verde faz um jazz contemporâneo com muitas paisagens e perspectivas, como numa viagem sem itinerário em seu novo trabalho “Átomo de Antares”. Este é um lançamento do selo Cantores del Mundo.
“Num tempo de velocidade e processamento acelerado, por este álbum há o convite implícito no aprofundar; direcionando sentidos aguçados à percepção da reverberação. Recebendo a música como uma colcha de catarses dando forma aos pilares que moldam a textura, as cores e o arrepio de cada nota e seu ressoar”, reflete Daniel. “Cheio de segredos, histórias, lugares (aos que se propõem distintos no cerrar dos olhos), paixão, desejo, expectativas, quedas, gritos e sorrisos. Na base dum amor pulsante, que se camufla em batidas nas mais distintas células rítmicas, verdadeiro e sem medo de que seja errante”.
O disco, como a própria capa sugere, é um trabalho realizado a várias mãos, sendo a música de Daniel a ligação entre todos. Nota-se protagonismo de todos os participantes de cada música, numa dança que vem e vai. Como o próprio compositor diz: “Um convite do um ao infinito, e de volta ao um”.
Guiado por seu violão e guitarra, Villa Verde reúne uma banda notável composta por Aline Gonçalves (flauta, clarinete e voz), Antonio Neves (bateria e trombone), Joanna Weglinski (flauta em sol e voz), Marcelo Muller (contrabaixo e voz) e Yuri Villar (sax soprano e tenor), artistas que dividiram palcos com nomes como Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Marisa Monte e Mônica Salmaso.
O disco cria paisagens e sons que caminham entre o urbano e o natural assim como o artista, que divide seu tempo entre a música e o trabalho como apicultor, na serra fluminense.
Com produção de Villa Verde, Neves e Muller, “Átomo de Antares” está disponível em todas as plataformas de streaming.