Em busca de segurança, melhores condições de vida e proteção social, mulheres imigrantes saíram de seus países e vieram para o Brasil para encontrar abrigo e refúgio. De acordo com informativo mensal de janeiro de 2023, elaborado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), desde janeiro de 2021 a emissão de vistos pelos postos consulares brasileiros apresenta tendência de aumento, partindo de 3,8 mil vistos para 9,2 mil em janeiro de 2023.
No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a reportagem da Agência Brasil conversou com três imigrantes que vivem em São Paulo e que vieram de diferentes regiões do mundo: do Afeganistão, na Ásia; da República Democrática do Congo, na África; e da Bolívia, na América do Sul.
São imigrantes e refugiadas em diferentes fases da vida, que viram no Brasil um lugar para morar e aqui têm construído suas histórias. Elas contaram suas jornadas e falaram sobre suas expectativas.
A cozinheira Raihana Ibrahimi, de 49 anos, nasceu no Afeganistão, mas vive há cinco anos em São Paulo. Ela tem um restaurante de cozinha afegã com o marido no bairro da Liberdade. Ambos são da etnia hazara, minoria que é historicamente perseguida pelo Talibã, que retomou o poder no país no ano passado, com a retirada das tropas americanas após 20 anos de guerra.
Primeiro veio o marido há oito anos, depois ela e, mais recentemente, chegou o filho de 17 anos. Ainda vive no país um filho de 13 anos, que mora com a avó.
A cozinheira conta que eles vieram para o Brasil pelo mesmo motivo de milhares de afegãos que migraram para o país nos últimos anos: fugir da opressão do Talibã, grupo fundamentalista sunita que impõe no país um governo violento, autoritário e ultraconservador.
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