Qualificar dez espaços propícios à inovação e ao empreendedorismo, que constituem ambientes característicos da economia baseada no conhecimento. Esse é o objetivo da chamada pública feita a partir da parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), lançada no âmbito do Programa de Internacionalização CNI-Sebrae.
Cada projeto selecionado receberá apoio financeiro de R$ 50 mil. Os interessados podem se inscrever gratuitamente até o dia 31 de março pelo site do programa.
“A gente pretende promover a geração de negócios e networking com parceiros e potenciais investidores estrangeiros para as startups e tecnologias mapeadas. A gente pretende criar um mapa de startups e tecnologias brasileiras inovadoras que esteja cadastrado nessa plataforma internacional de gestão da inovação e que esteja aberto para que os parceiros internacionais acessem essas tecnologias e, claro, promover a inserção e a visibilidade de um Brasil inovador”, afirmou Rafaela Paladini, analista de Desenvolvimento Industrial da CNI.
Os ambientes são responsáveis por realizar a articulação entre empresas, diferentes níveis de governo, instituições científicas, tecnológicas e de inovação, agências de fomento ou organizações da sociedade civil.
Pelas regras previstas no edital, os ambientes de inovação precisam ter sede no Brasil e deverão mapear e cadastrar tecnologias por meio do atendimento a startups e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), públicas ou privadas. Tudo isso com objetivo de consolidar o que há de mais disruptivo no país e promover sua inserção em plataforma internacional de gestão da inovação.
Como contrapartida, cada ambiente vai ter que selecionar, no mínimo, 30 companhias que vão colaborar num centro internacional de inovação. “Ali dentro vai ser promovida uma geração em volume considerável de negócios para essas 300 startups brasileiras, e é daí que a gente busca então o impacto de suportar o crescimento dessas empresas e geração de emprego aqui no Brasil. Existe, obviamente, o requisito das startups serem brasileiras e terem sede aqui, então a gente quer abrir mercado e que essas empresas ganhem corpo agora a partir de demandas internacionais vindas de grandes corporações de todos os lugares do mundo”, comenta o analista de Inovação do Sebrae, Rodrigo Rodrigues.
São previstos dois tipos de ambientes: “ecossistemas de inovação” e “mecanismos de geração de empreendimentos”. O primeiro se refere a agregar infraestrutura e arranjos institucionais e culturais que atraem empreendedores e recursos financeiros. Já o segundo busca promover empreendimentos inovadores e de apoio ao desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica, que envolvem negócios inovadores, baseados em diferenciais tecnológicos e buscam a solução de problemas ou desafios sociais e ambientais.
Fonte: Brasil61