Dos 83.297 postos de emprego gerados no país em janeiro, o estado de São Paulo foi responsável por 18.663, o que corresponde a 22,4% do total. Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged). O saldo é o resultado das 571.932 admissões menos as 553.269 demissões no primeiro mês de 2023.
A quantidade total de vínculos celetistas ativos, chamado de estoque, em janeiro de 2023 no estado, contabilizou 13.107.786 empregos. Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), os dados paulistas indicam um otimismo do que se deve esperar para o país.
“Acho que São Paulo se destacou porque é o primeiro estado, até pela sua força econômica, a sentir os efeitos da possibilidade de termos uma reforma tributária justa no país. Incentivo à produção, nós crescemos na indústria e na construção civil, que são dois setores importantíssimos para a cadeia econômica, e acho que muito em torno do ambiente gerado em São Paulo e a expectativa de reformas estruturantes no nosso país”, afirma o parlamentar.
A indústria e a construção civil não só tiveram resultado positivo na geração de empregos formais no mês passado como foram os setores com o melhor desempenho. Foram 17.772 postos de trabalho de saldo na indústria geral, e 15.363 na construção.
“A construção vem de um aquecimento, está bem aquecida nos últimos anos, tanto por obras relativas ao setor privado quanto por obras do setor público. E a indústria, sempre tem uma força especial no estado de São Paulo. A gente analisando aqui, poderia dizer que o impacto da construção é maior na cidade de São Paulo, enquanto que o impacto em termos da indústria é maior nas cidades do interior de São Paulo”, analisa Ulisses de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo.
Na sequência, aparecem os setores Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (8.537 postos), Serviços (3.594) e Outros serviços (1.788). Comércio aparece com saldo negativo de 17.656 no período.
Desocupação
No entanto, os dados do Novo Caged se referem aos vínculos de emprego formais, ou seja, formalizados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Quando consideradas também as pessoas com vínculos informais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do 3º trimestre de 2022, são 23,9 milhões de pessoas ocupadas e 2,3 milhões de desocupadas – a parcela da população que não realiza qualquer atividade remunerada, formal ou informalmente.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, São Paulo é a segunda unidade da federação com maior rendimento médio per capita do país, com R$ 2.148,00 de rendimento nominal mensal domiciliar per capita. O estado fica atrás apenas do Distrito Federal, que registra o maior (R$2.913). Rio Grande do Sul (R$ 2.087), Santa Catarina (R$ 2.018), Rio de Janeiro (R$ 1.971) e Paraná (R$ 1.846) aparecem na sequência.
Brasil
Em todo o país, o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged) contabilizou que, em janeiro, foram gerados 83.297 postos de trabalho com carteira assinada. O montante resulta de 1.874.226 admissões e 1.790.929 desligamentos no mês, tendo saldo positivo em 16 das 27 unidades da federação e em quatro dos cinco grandes grupos de atividade econômica.
Com isso, o estoque recuperado de empregos formais alcançou 42.527.722 postos de trabalho. Dos postos de trabalho gerados, 66.849 podem ser considerados típicos e 16.448 não típicos.
Os dados do Novo Caged revelam, ainda, que o salário médio real de admissão no mês alcançou R$ 2.012,76, enquanto o salário médio real de desligamento foi de R$ 2.034,98. Em janeiro de 2022, esses valores eram R$ 2.021,49 e R$ 1.977,89 respectivamente. O salário médio de admissão dos homens chegou a R$ 2.096,25, enquanto o das mulheres alcançou R$ 1.887,60.
Fonte: Brasil61