Ana Flávia Magalhães foi empossada nessa sexta-feira (17) como diretora-geral do Arquivo Nacional. A cerimônia aconteceu no Palácio da Fazenda, no Rio de Janeiro. No discurso, a historiadora e jornalista, primeira mulher negra a dirigir a instituição, disse que vai priorizar a promoção da diversidade de raça, gênero e orientação sexual nos projetos de promoção e valorização do acervo. Ela disse que o apoio de diferentes setores da sociedade foi determinante para que ela aceitasse o convite para o cargo.
“Confesso que procurei apoio para recusar, mas não tive. Em vez disso, ouvi de diferentes pessoas que me são referências – mulheres e homens negros, indígenas, cis e transgêneros, pessoas com diferentes orientações sexuais e origens regionais, pessoas brancas com compromisso antirracista e antissexista – que: ‘esse é um espaço que nos é estratégico e criamos condições para que nossa chegada nele pudesse acontecer. Estaremos contigo como sempre’”.
A diretora-geral reforçou que é preciso amplificar os registros e as memórias dos grupos que, durante muito tempo, ficaram escondidos do público geral.
“Assumimos o compromisso de trabalhar muito para que a realização da missão institucional do Arquivo Nacional seja compreendida como imprescindível para a preservação de um valiosíssimo patrimônio nacional: a nossa memória singular, mas mobilizada no plural. Estaremos a serviço da promoção da cidadania e dos direitos humanos”.
Ana Flávia Magalhães é natural de Planaltina, região administrativa do Distrito Federal. Ela é doutora em História pela Unicamp e mestre pela Universidade de Brasília (UnB), instituição em que trabalha como professora adjunta desde 2018. Também é graduada em Jornalismo e membro da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros. Os principais temas de pesquisa são a produção político-cultural de pensadores negros, imprensa negra e luta racial.
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