O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Programa das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estão ajustando os últimos detalhes para anunciar parceria para a gestão integrada, entre Brasil e Uruguai, dos recursos hídricos da Lagoa Mirim, cuja parte brasileira se localiza no estado do Rio Grande do Sul.
Entre as ações previstas na parceria entre os dois países e a FAO estão a realização de uma análise e de um diagnóstico transfronteiriço, a concepção e a implementação de um programa de ação estratégica e o monitoramento, comunicação e avaliação cruzada dos resultados alcançados.
A secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, explica a importância dessa cooperação. “Nossa parceria com a FAO é antiga. Mais especificamente, nesse projeto que está sendo homologado, temos o intuito de trabalhar o desenvolvimento e a integração da faixa de fronteira, em especial na Lagoa Mirim, tendo como base a gestão integrada dos recursos hídricos, que pertencem tanto ao Brasil quanto do Uruguai”, destaca. “Essa cooperação também vai ratificar uma diretriz nossa, que é promover uma integração entre o Brasil e os países da América do Sul”, completa.
Entre os objetivos da parceria está o fortalecimento das capacidades dos setores público e privado de ambos os países, enfatizando o uso sustentável e eficiente da água, a preservação dos ecossistemas e seus serviços e a adaptação às mudanças climáticas.
“Nossa missão é coordenar da melhor maneira a governança das águas nessa região binacional. Esse projeto faz parte das águas internacionais dentro da FAO e estamos convencidos de que é um programa estratégico, que vai tratar sobre as águas de diferentes países, onde estão convivendo diversas atividades, como a agricultura, a pesca e o turismo”, enfatiza o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala.
Sobre a Bacia da Lagoa Mirim
A Bacia Hidrográfica Lagoa Mirim é uma bacia transfronteiriça compartilhada entre o Brasil e o Uruguai, sendo o segundo maior lago da América do Sul (3.750 km²). A grande quantidade e a boa qualidade de suas águas favorecem atividades agrícolas, florestais, pecuárias, pesqueiras, aquícolas, turísticas e de abastecimento de água, entre outras, em ambos os países.
Fonte: Brasil61