O crime, ocorrido em fevereiro no setor Leste Universitário, região central da capital, chamou a atenção pela crueldade. Daniel de Melo Correa, 31 anos, espancou a mãe até a morte. Então com 70 anos de idade, a mulher já era vítima de um vasto histórico de violência física e psicológica praticada pelo filho. Com antecedentes criminais por tráfico de drogas, Daniel era dependente químico e sempre viveu com a mãe.
Na data do fato, Daniel, que morava sozinho com a mãe, alertou a vizinhança e a família sobre a morte, alegando que a vítima provavelmente havia caído e batido a cabeça. Porém, foram constatadas diversas lesões por todo o corpo da mulher, razão pela qual promoveu-se uma autópsia, constatando-se a morte por espancamento, especialmente pelas diversas lesões na cabeça.
Preso temporariamente desde 04 de março, Daniel negou a acusação e suscitou diversos álibis, todos afastados pela investigação. Ao final, ficou comprovado que, no momento do crime, Daniel estava sozinho na residência com a vítima e sob efeito de álcool. Constatou-se também que, na véspera do assassinato, o agressor estava pressionando a mãe por dinheiro – segundo consta, ele queria R$ 200,00. Desesperada, a mulher tentou pegar o valor emprestado com diversos parentes e vizinhos, porém sem sucesso.
Nesta terça-feira (28), o Poder Judiciário recebeu a denúncia por feminicídio e converteu a prisão de Daniel de temporária em preventiva.
Átria
Em três semanas, 4.255 pessoas foram presas no âmbito da Operação Átria em todo país. Desse total, 3.598 prisões foram em flagrante, conforme balanço parcial divulgado nesta terça-feira (21) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Eleito como um dos pilares da atual gestão da Polícia Civil, o combate a violência doméstica segue como prioritário, a exemplo da prisão e indiciamento de Daniel.
A divulgação das imagens e identificação do preso foi precedida nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Geral, n.º 000010828006 e Despacho DIH/DGPC- 09555 dos responsáveis pela investigação, fundamentada na possibilidade de surgimento novas testemunhas.
Fonte: PCGO