Em março de 2023, o volume de serviços no Brasil avançou 0,9% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor ficou 12,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,3% abaixo de dezembro de 2022, o auge da série histórica.
O aumento foi acompanhado por três das cinco atividades apuradas, em destaque ficaram os setores de transportes com 3,6%, os serviços administrativos e complementares com 2,6% e serviços de comunicação com 2,5%. O primeiro aumentou o ganho de 7,0% no mês de fevereiro e março de 2023. E o segundo recuperou parte da perda de 3,4% nos dois primeiros meses do ano. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a economista Carla Beni, da Fundação Getúlio Vargas, o resultado é importante já que no mês de janeiro houve uma queda de 2,9%.
“É um resultado importante, uma vez que a gente está fazendo uma recuperação em janeiro onde aconteceu uma queda de 2,9%. Então, quando você pega o acumulado do ano, janeiro, fevereiro e março o setor de serviços que é extremamente amplo e aborda 166 tipos de serviços, ele apresenta um resultado positivo de acumulado de 5,8%,” afirma.
Os serviços cresceram em 24 das 27 unidades da Federação no mês de março. Foram identificadas em São Paulo com 1,8%, Rio de Janeiro 2,8%, Minas Gerais 3,2%, Santa Catarina 5,9% e Rio Grande do Sul 2,8%. Os resultados negativos foram em Pernambuco com 2,3%, Mato Grosso 1,9% e Amapá com 1,7%.
Para Beni, esse impulso foi por causa do aumento de receita de alguns segmentos específicos. “De locação de automóveis, restaurantes, agências de viagem, hotéis, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros e até a parte de espetáculos,” destaca.
Índice de atividades turísticas fica em 0,1% no mês de março
O Índice de atividades apresentou variação de 0,1% frente ao mês anterior, após registrar uma queda de 1,3% em fevereiro.
Dessa forma, o segmento de turismo se encontra com 1,4% acima do nível de fevereiro de 2020 e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, atingindo em fevereiro de 2014.
Regionalmente, apenas quatro dos 12 locais apurados apresentaram uma variação positiva, sendo a influência mais importante vindo de Minas Gerais com 2,2%, logo após por São Paulo com 0,4%, Paraná 2,6% e Bahia com 1,8%. Em sentido contrário, Rio de Janeiro 3%, Rio Grande do Sul 5% e Distrito Federal 3,6% notaram os principais recuos em termos regionais.
Fonte: Brasil61