A cantora, compositora e instrumentista carioca Christine Valença lança seu álbum de estreia, “Lentes de Âmbar”, no dia 9 de março. A novidade, que estará disponível nos principais aplicativos de música através do selo Maxilar Records, chegará acompanhada pelo videoclipe da música “Maremoto Blues”.
Christine também é atriz e bailarina. Nasceu numa família envolvida pela música, porém escolheu o teatro para iniciar sua carreira artística. Como atriz, teve seus melhores momentos interpretando Judy Garland em “Nasce uma Estrela” e fazendo um papel importante na produção musical canadense “A World Apart”, em 2019. Foi nessa época que decidiu investir em seu próprio trabalho musical e começou a compor.
Por uma dessas inexplicáveis ironias do destino, sua fase mais prolífica aflorou durante um dos momentos mais difíceis de sua vida. “Tive que lidar com o luto pelo falecimento do meu pai, enfrentei uma separação muito dolorosa e logo em seguida veio a pandemia trazendo junto um mar de incertezas. Esse caos despertou em mim uma necessidade urgente de botar pra fora esse turbilhão de emoções. Quando me dei conta, estava com o violão em punho, compondo, tentando me salvar usando a música como uma espécie de escudo. Eu não teria sobrevivido se não fossem essas canções” – comenta ela sobre o catártico processo de composição.
A sonoridade de Christine Valença, mais do que qualquer outra coisa, passa a sensação de pertencer a uma outra época. O timbre singular de sua voz, os arranjos, as construções harmônicas arquitetadas fora dos parâmetros comerciais, tudo remete a essa noção anacrônica. E algo semelhante acontece quando se tenta enquadrá-la em algum estilo. Se existisse um atlas geográfico do mundo da música, Christine estaria localizada em alguma região remota na fronteira entre o alternativo e o pop. O porquê dessa percepção talvez tenha origem nas amplas e díspares influências da artista, que vão da MPB ao indie rock, do soul ao folk, da música cubana à chanson française.
“Lentes de Âmbar” traz 11 faixas gravadas no Estúdio 86 (Rio de Janeiro), com produção, engenharia de som e mixagem de Elísio Freitas. É importante destacar que o produtor teve um papel significativo nessa jornada, se revelando o parceiro criativo ideal, conforme conta a própria artista: “Encontrei no Elísio um grande parceiro. Ele consegue captar minhas ideias e dar vida às músicas. Às vezes eu aparecia no estúdio com meu gravador portátil cheio de trechos de melodias, ritmos, padrões e grande parte desse material acabou sendo aproveitado no disco, graças a ele”.
Inspirações, referências e elementos importantes na história de Christine estão cravejadas por todo o repertório de “Lentes de Âmbar”. O título em si possui um significado especial. “Eu sempre gostei do âmbar como um gerador de imagens. É uma cor, uma tonalidade, uma resina natural, uma liga e um aroma. E as lentes têm a ver com esses múltiplos universos que podemos perceber através do âmbar, da mesma forma que cada canção oferece um ângulo novo para se observar o mundo” – conclui orgulhosamente Christine Valença.
Ficha técnica
Produzido por Elísio Freitas (exceto “Fora do nosso compasso”, produzida por Marcelo Vig)
Gravado no Estúdio 86 (Rio de Janeiro – RJ) entre maio de 2021 e outubro de 2022 Mixado por Elísio Freitas
Masterizado por Bruno Giorgi Arranjos: Elísio Freitas
Capa: Gabriela Prestes Design: Gabriela Prestes Fotos: Lucas Campbell Make-up: Andie Pontes
Produção: Todt e Lado C Produções Selo: Maxilar Records
Distribuição: Ditto Music
Christine Valença: voz, piano e órgão Hammond Elísio Freitas: violão, guitarra e baixo
Lúcio Vieira: bateria
Joana Queiroz: flauta e clarinete
Shock The Glock: vocal e arranjos em “Fora do Nosso Compasso
Tracklist
1. Que há de insólito?
2. Rematilha
3. Lizzie, c’est la vie
4. Fora do nosso compasso (feat Shock The Glock)
5. Ópticas
6. Para não tocar (na rádio)
7. Maremoto blues
8. Café
9. Ao vivo em Guernica
10. Recomeçará
11. This little light of mine
Todas as músicas compostas por Christine Valença, exceto “Fora do nosso compasso” (Christine Valença/ Shock The Glock) e “This little light of mine” (Trad./ Christine Valença)