“Nós já mencionamos que o interesse exagerado de Lula em assuntos internacionais, durante esses pouco mais de quatro meses, era apenas para alimentar seu ego, buscando tornar-se um “líder mundial”, enquanto mal assumia o governo que havia acabado de receber. Claramente, a visão que ele transmitiu para o mundo através da imprensa alinhada e das divulgações feitas pelo país – não entendo por que se faz publicidade de governo em vez de país no exterior – não convence mais. Ao contrário do Brasil, eles sabem que a prescrição de um crime por inépcia da ‘justiça’ não é inocência, especialmente em países que tiveram prisões e condenações em seus territórios relacionadas à Operação Lava Jato.
Lula enxergou uma oportunidade na guerra, utilizando os argumentos necessários para que alguns indivíduos fanáticos – um termo correto que ele mesmo já utilizou em outro caso – tentassem, mais uma vez, indicá-lo absurdamente para o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, todos sabemos que tanto a esquerda quanto os bolsonaristas (embora não faça sentido em seu discurso) são apoiadores de Putin (aquele que disse no ano passado que voltaria à Rússia se ela se tornasse comunista – do tipo que agrada aos bolsonaristas).
Após a série de absurdos de Lula em relação à Ucrânia, que estava sendo invadida e atacada e que ele afirmou que poderiam “negociar”, enquanto tentava desmentir as acusações de estar defendendo os interesses da Rússia, ele se ofereceu várias vezes para mediar um acordo de paz – um acordo que, para muitos, significava pedir que a Ucrânia se rendesse. A última tentativa foi enviar Celso Amorim diretamente para a Ucrânia (podemos imaginar o que ele deve ter sugerido) e retornar de lá com a imagem do Brasil ainda mais arranhada. As declarações da Ucrânia foram: “Se alguém invadir a Amazônia, vocês a entregariam apenas para evitar conflitos?” e ele ainda teve a coragem de dizer que nem tudo mostrado poderia ser real [referindo-se à destruição causada]. Então, o que vocês acham que Amorim fez lá para justificar essa declaração, se não algo na mesma linha do que Lula vinha falando?
Lula, que afirmou que isso poderia ser resolvido “em uma mesa de bar tomando cerveja”, nunca chamou Putin para isso, mas na primeira oportunidade, durante a reunião do G7 – um local onde são realizadas conversas sérias [e não de bar] sobre o assunto – ele não só deixou de aproveitar os convites de conversa com Zelenski [sem cachaça, cerveja ou conversa fiada], como também fez questão de ignorá-lo enquanto permanecia sentado à mesa vazia [enquanto todos os outros se levantaram para cumprimentá-lo], fingindo estar lendo algo. Essa atitude foi tão constrangedora que parecia adolescente [e olha que políticos são bem “caras-de-pau” na hora de agir com as pessoas mesmo não gostando], indígna de um país e uma prova clara que suas intenções nesse conflito não tem nada a ver com seu “discurso de paz”.
Pelo menos essa deve ser a pá de cau nesse assunto que já tem envergonhado demais o Brasil.