A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (13) um boletim que confirmou mais 8.518 casos e sete mortes por dengue no Paraná. O estado totalizou 93.915 casos e 68 mortes e em decorrência da doença no atual período epidemiológico, que começou em 31 de julho de 2022 e será concluído dentro de 45 dias.
De acordo com os dados, as sete mortes ocorreram entre os dias 10 de abril e 23 de maio, nos seguintes municípios:
- Foz do Iguaçu (uma mulher de 49 anos e um homem de 64 anos, ambos com comorbidades);
- Matinhos (uma criança de 1 mês de idade);
- Mandaguaçu (um homem de 28 anos, sem comorbidades);
- Sarandi (uma mulher de 20 anos, com comorbidades);
- Cambará (uma mulher de 62 anos, com comorbidades);
- Siqueira Campos (uma mulher de 38 anos, sem comorbidades).
Dos 360 municípios das 22 Regionais de Saúde com casos confirmados, 313 possuem casos autóctones, ou seja, quando a doença é contraída localmente.
Segundo a coordenadora geral de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde, Livia Vinhal, é importante observar a gravidade dos casos e proporcionar atendimento médico adequado. “Tivemos uma mudança no panorama de casos graves e de dengue com sinais de alarme, que também tem uma interferência na questão do manejo clínico. Então se bem hidratado, se bem manejado, você vai ter menos pessoas ficando graves e menos pessoas com risco de óbito”, informa.
Chikungunya e Zika
O boletim também trouxe os números de casos de chikungunya e zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.
Neste período, não houve registros de casos de zika. Porém, os dados sobre chikungunya no estado do Paraná mostram 3.245 notificações, 630 casos confirmados da doença, sendo 510 autóctones, e três mortes.
Prevenção
Para evitar proliferação do mosquito que transmite as enfermidades, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, informa que o enfrentamento será feito com base na observação das características locais. “Estamos começando fazendo essa estratificação dos municípios, para entender onde que os criadouros estão, qual a diferença entre eles, usando a tecnologia para propor estratégias diferentes para cada local. Às vezes, num mesmo município, nós temos formas onde o mosquito se cria de forma diferente, então pode ser num recipiente de lixo, pode ser numa água limpa que não está devidamente coberta, então cada tipo de criadouro a gente vai atuar com uma estratégia diferenciada”, explica.
A Secretaria da Saúde tem realizado diversas atividades e investimentos para combater essas doenças, além de acompanhar toda a evolução do período de ocorrência do período epidemiológico. Nesta terça-feira e quarta-feira (13 e 14), representantes das regiões de Saúde, especializados em controle de insetos, estão em Curitiba para discutir ações e monitoramento que visam o controle do mosquito Aedes aegypti.
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Fonte: Brasil61