A passagem de um ciclone extratropical em áreas próximas aos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, na quinta-feira (15) e madrugada de sexta (16), provocou chuvas intensas e ventos fortes, principalmente nas regiões serrana e metropolitana e litoral norte gaúchos, além do leste catarinense. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, acompanha, junto aos estados e municípios, as ações de resgate, de atendimento à população afetada e o levantamento dos danos. De acordo com o órgão, 34 cidades gaúchas e 17 catarinenses foram afetadas.
“O governo do presidente Lula está, desde o primeiro momento, atuando nas regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina atingidas pelo ciclone extratropical. Também estamos em contato com os governadores Jorginho de Mello e Eduardo Leite, prestando todo o apoio necessário neste momento”, destaca o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
A orientação da Defesa Civil Nacional é de que a população atingida e que necessita de algum tipo de apoio siga as instruções das autoridades locais. A recomendação é entrar em contato com a prefeitura ou com a defesa civil municipal, por meio do telefone 199. O Grupo de Apoio a Desastres (Gade) está pré-mobilizado e pode se dirigir à região a qualquer momento, para auxiliar os municípios nas ações de resposta.
“Durante madrugada, muitas pessoas precisaram sair de suas residências devido aos riscos tanto geológicos, como deslizamentos, quanto hidrológicos, como os alagamento, inundações ou enxurradas”, explica o coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr.
Devido aos altos acumulados de chuvas, várias bacias hidrológicas estão registrando aumento significativo de volume nas últimas horas. São esperadas inundações, principalmente nos rios Caí, Sinos, Taquari-Antas e Paranhana, no Rio Grande do Sul. Alertas à população da região já foram enviados, e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) opera com equipes de plantão.
Ao longo desta sexta-feira, porém, a previsão meteorológica é de que as chuvas diminuam, especialmente no período da tarde, e parem durante o fim de semana. A partir daí, as ações de resposta no atendimento à população afetada poderão ser executadas pelas autoridades locais, com avaliação e levantamento dos danos.
As fortes precipitações causaram inundações, alagamentos e enxurradas em diversas localidades e interrupções em algumas estradas que cortam os dois estados. No Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Defesa Civil Nacional, os seguintes municípios foram atingidos: Três Forquilhas, Itati, Torres, Tramandaí, Maquiné, Capão da Canoa, Xangrilá, Santo Antônio da Patrulha, Caraá, Osório, Sapiranga, Dois Irmãos, Taquara, Parobé, Lindolfo Collor, Sapiranga, Parobé, Ivoti, Estância Velha, Campo Bom, Portão, Esteio, Gravataí, Canoas, Guaíba, Porto Alegre, Caxias, Gramado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Morrinhos, Três Cachoeiras, São Sebastião do Caí e Montenegro.
Já em Santa Catarina, foram afetadas as cidades de Biguaçu, São José, Paulo Lopes, Garopaba, Florianópolis, Orleans, Morro da Fumaça, Forquilhinha, Içara, Balneário Rincão, São João do Sul, Balneário Arroio do Silva, Meleiro, Praia Grande, São Francisco do Sul, Itapoá e Santa Rosa do Sul.
O MIDR, por meio da Defesa Civil Nacional, pode atuar na articulação e mobilização de agências do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil, como Ministério da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Cidadania, entre outros, para trabalhar nas fases de resposta e atendimento à população. Além disso, pode apoiar, com recursos financeiros, as ações de resposta ou reconstrução, dependendo sempre da necessidade e das demandas de apoio verificadas junto à população afetada.
Fonte: Brasil61