Durante visita, a assistente social havia sido recebida pela janela do apartamento pela própria vítima, já que a idosa estava trancada sozinha na localidade pela própria filha, que carrega a chave consigo. Quando foi perguntada sobre o tratamento dado pela filha, a idosa afirmou que a filha “só sabia gritar e brigar com ela”, e que a alimentação era à base de marmitas, levadas por uma vizinha. Os moradores locais também confirmaram informalmente os indícios de crime.
Com base em tais informações, a autoridade policial representou pela busca e apreensão residencial no apartamento, oportunidade em que a equipe localizou a vítima, que tem 90 anos, sozinha e trancada na residência trancada. Durante o cumprimento da busca, a equipe policial ainda percebeu uma válvula do fogão aberta, que exalava um forte cheiro de gás no imóvel. A saída de gás foi desligada pela própria equipe policial, diante do risco de incêndio.
Na residência, ainda foi constatada grande quantidade de baratas, ausência de alimentos armazenados no armário e na geladeira. A autora não se encontrava na residência e, segundo a idosa, só aparecia no apartamento algumas vezes, visto que, nas palavras da vítima, “trabalha muito e é muito ocupada e, por esse motivo, não pode cuidar da mãe”. Não foi possível a lavratura de procedimento coercitivo ante a ausência da autora no momento do cumprimento do mandado. A vítima está sendo acompanhada pelo CREAS.
Fonte: PCGO