As exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram o valor recorde de US$ 14,43 bilhões em julho deste ano, um crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Analisando o início do ano, a perspectiva é que o setor continue crescendo e supere os valores de 2022, como explica a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o CEPEA-Esalq/USP, Andréia Adami.
“Quando a gente olha o comportamento dos primeiros meses do ano, a gente vai ter uma boa possibilidade de talvez superar o desempenho do ano passado. Ao que tudo indica deve ser mais um bom ano. Quem deve puxar o faturamento é de fato o volume exportado”, elucida.
O aumento do volume já vem sendo responsável pelo desempenho da balança comercial, puxado principalmente pelo complexo soja, carnes de frango e suína, celulose e algodão. Isso porque, no geral, os preços médios de exportação dos produtos recuaram. O economista Felipe Queiroz destaca que neste ano o Brasil espera uma safra recorde de grãos, e por isso compensa a queda no preço dos produtos com o aumento do volume exportado.
“Nesse ano houve uma certa desvalorização das commodities no mercado internacional após a passagem do primeiro momento da guerra na Ucrânia, mas isso não afetou o faturamento final do setor, porque nós compensamos isso em quantidade”, explicou.
Soja, destaque do agronegócio brasileiro
O complexo soja é o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, representando 42,2% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio. O valor embarcado de soja em grãos foi recorde para os meses de julho, com US$ 4,77 bilhões. O volume embarcado expandiu 29%, chegando próximo a 9,7 milhões de toneladas.
O analista da Safras