O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,28% em agosto, 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de julho. O mês anterior havia registrado deflação de 0,07%.
O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial e veio acima da projeção de mercado. Porém, já se esperava alta em vista da deflação que ocorreu no mês anterior.
Em agosto de 2022, a taxa também havia sido negativa, na magnitude de 0,73%.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,24% e o acumulado para 2023 é de 3,38%.
Sete dos nove grupos pesquisados registraram alta em agosto.
A maior variação veio do grupo de habitação, seguido por saúde e cuidados pessoais, além de educação.
Em habitação, destaca-se a alta da energia elétrica residencial, influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu.
Os reajustes foram aplicados em Curitiba (9,68%), Porto Alegre (5,44%) e São Paulo (4,21%).
Houve reajuste também na taxa de água e esgoto (0,20%).
Em saúde e cuidados pessoais, destacam-se os itens de higiene pessoal. Os preços dos produtos para pele e dos perfumes subiram.
Em educação, os cursos regulares subiram, principalmente por conta dos subitens creche e ensino superior. A alta dos cursos diversos foi influenciada pelos cursos preparatórios e cursos de idiomas.
O grupo de transportes também registrou inflação, influenciado pelo preço do automóvel novo e combustíveis. As passagens aéreas registraram queda, após a alta observada no mês anterior.
Por parte das quedas, os destaques ficam com alimentação e bebidas, além de vestuário.
A queda do grupo alimentação e bebidas deve-se, principalmente, à deflação da alimentação no domicílio, que já havia recuado nos dois últimos meses. Destacam-se as quedas da batata-inglesa, do tomate, do frango em pedaços, do leite longa vida e das carnes. No lado das altas, as frutas subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio desacelerou em relação ao mês anterior, em virtude da desaceleração do lanche. Já a refeição acelerou frente ao resultado de julho.
Quanto aos índices regionais, somente uma área apresentou variação negativa em agosto, que é Belo Horizonte. A menor variação foi influenciada pela queda da tarifa do ônibus urbano. Já a maior variação ocorre em Fortaleza, em função da alta da gasolina.
O IPCA-15 considera os preços coletados entre o período do dia 15 de cada mês subsequente.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Brasil61