O jornalista e escritor brasileiro Jamil Chade, que atua como correspondente em Genebra (Suíça), defendeu, após o Festival Literário de Paracatu (Fliparacatu), a necessidade de maior democratização de acessos à cultura e à educação, como o que ocorreu no evento no interior mineiro no último fim de semana. Ele foi entrevistado pela jornalista Mara Régia, da Rádio Nacional da Amazônia.
“Não tem construção da democracia sem educação e cultura. Não existe atalho. Vamos fazer uma democracia e essa construção não é fazer apenas nas grandes cidades brasileiras. Tem que ir para todos os interiores do Brasil”, afirmou.
Ele identificou que moradores da própria cidade de Paracatu e dos arredores demonstraram bastante interesse pelas temáticas culturais e de direitos humanos tratadas durante o evento. Segundo ele, isso foi também compreendido por autores célebres que estiveram no evento, como Conceição Evaristo e Mia Couto. “Eu fiquei muito impressionado com os dois. Estão sempre escutando”, disse.
Antirracista
O evento, encerrado em Paracatu no último domingo, teve a participação de 70 escritores, sendo 30% deles convidados negros, incluindo a autora homenageada Conceição Evaristo e as premiadas Livia Sant’anna Vaz e Eliana Alvez Cruz.
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