De acordo com levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o consumo de alumínio no setor elétrico cresceu 11,5% no primeiro semestre de 2023, impulsionado pelo crescimento da capacidade instalada de energia eólica e solar. Já a construção civil registrou um aumento de 7% no consumo de alumínio até junho, alavancado pelo bom desempenho do setor imobiliário nos últimos dois anos, enquanto o segmento de transportes cresceu 2,9%, por causa do comportamento da indústria automobilística e máquinas e equipamentos tiveram incremento de 1% sobre o mesmo período de 2022. “Puxado pela forte expansão das novas linhas de transmissão, o setor elétrico foi o segmento com maior crescimento no consumo de alumínio no semestre. Por conta dos novos leilões que estão previsto ainda para este ano, temos a expectativa de expansão do alumínio neste segmento”, avalia Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.
O estudo aponta ainda que os setores com desempenho negativo foram embalagens, com redução de 13,8%, reflexo principalmente do desempenho das latas de alumínio para bebidas e bens de consumo, com redução de 4,8%, resultado decorrente da diminuição na oferta de crédito e do poder de compra no período. Em relação ao consumo doméstico de produtos de alumínio, o primeiro semestre alcançou 723,8 mil toneladas, 3,6% a menos na comparação com o primeiro semestre de 2022 (751,1 mil toneladas). Desse total, 88% (639,4 mil toneladas) foram produzidos no Brasil – queda de 4,5% contra igual período do ano anterior. Já as importações cresceram 3,3% em relação a 2022 e atingiram 84,4 mil toneladas.
A balança comercial da indústria brasileira do alumínio registrou exportações de US$ 2,3 bilhões (FOB – Free On Boarding) e importações de US$ 1,02 bilhão (FOB), o que gerou superávit de US$ 1,3 bilhão no primeiro semestre de 2023. As vendas externas brasileiras de alumínio e seus produtos totalizaram 247,0 mil toneladas, com acréscimo de 8,9%, sendo Japão, Holanda e Estados Unidos os principais países de destino, com 68% do volume total. Já as importações brasileiras de alumínio e seus produtos atingiram 321,4 mil toneladas, retração de 12,9% em relação ao mesmo período de 2022. A China manteve a liderança como país de origem e respondeu por 21% do volume total, seguida do México, com 13% e da Argentina, com 9%.
Fonte: Brasil61