A descoberta de uma área de grande potencial extrativista de terras raras em Nova Roma, no nordeste goiano, vem destacando a abordagem inovadora e sustentável na extração e processamento desses elementos, essenciais para a fabricação de diversos produtos de alta tecnologia renovável. A Aclara Resources, multinacional responsável por todo o processo, está focada na extração de metais críticos da maneira mais sustentável possível. Um dos pontos de maior destaque é o cuidado máximo com a água. A empresa aplica um processo capaz de recircular até 95% da água utilizada no processamento industrial e, então, sua reutilização, portanto, reduzindo o uso de água nova.
“No caso específico do processo green mining da Aclara, a água será utilizada para desagregação das argilas iônicas, meio apropriado para favorecer a troca iônica, com utilização de um fertilizante comumente utilizado na agricultura e será, também, o meio de transporte dos produtos durante o beneficiamento”, explica Bonzi Yokomizo, gerente geral da Aclara Resources no Brasil. Portanto, a água estará presente em praticamente todas as etapas do processamento das argilas iônicas e será 95% recuperada e recirculada.
Visando otimizações dos recursos água e fertilizante, a Aclara informa que utilizará uma planta de osmose reversa, cujo objetivo é limpar a água que foi utilizada no processo de beneficiamento das argilas iônicas. “Desta maneira, proporcionando uma recirculação – em circuito fechado – de 95% dessa água. Consequentemente, introduzindo apenas uma mínima quantidade de ‘água nova’ para restabelecer as perdas por evaporação e umidade residual nos produtos finais”, completa Bonzi. Além do mais, essa limpeza proporcionará a regeneração quase total do fertilizante, que será reutilizado no processo com eficiência de 99%.
Ele acrescenta que, em termos das operações unitárias de mineração, o trabalho será o mais simples e convencional possível, já que não haverá desmonte por explosivo e operações de cominuição (fragmentação: britagem e moagem), que são grandes geradores de ruídos, particulados sólidos em suspensão e extremos consumidores de energia. A tecnologia de lavra e processamento será composta pelas etapas de escavação mecânica, transporte rodoviário, lavador de tambor, peneiras, tanques de atrição, sedimentadores e filtros. Por fim, essa simplicidade processual culminará em um resultado com amplos benefícios como, por exemplo, a ausência de barragens de rejeitos. “O maior volume de argilas iônicas processadas, após filtragem e de acordo com a linha do tempo, será retornado às áreas de onde o minério (argilas iônicas) foi extraído, proporcionando uma recuperação e reconformação simultânea das áreas mineradas”, argumenta Bonzi.
Segundo o gerente geral, uma inovação da Aclara faz com que a empresa ganhe espaço e vanguarda quando o assunto é qualidade ambiental. “Existe uma espontânea devoção pela segurança socioambiental, focando na simplicidade dos processos e no tratamento adequado às operações unitárias, além, obviamente, do processo de extração das terras raras iônicas com fertilizante e a planta de osmose reversa – mineração verde”, esclarece.
Projeto Carina em Goiás
Para Goiás, o desenvolvimento desse projeto refletirá na geração de riqueza socioambiental, segundo o gerente. Ele destaca que o projeto Carina se situa numa região de grande demanda de necessidades de Trabalho, Educação, Economia, Saúde e Infraestrutura básica. “A colaboração tripartite – iniciativa privada iniciativa pública iniciativa comunitária – estruturada e planejada, proporcionará um desenvolvimento municipal e estadual relevante”, diz ele.
Bonzi acrescenta que, socialmente, o projeto trará mudanças relevantes à região e ao Estado. “Sem margem de dúvidas, esse é dos maiores desafios e preocupações. “Entretanto, já estamos trabalhando junto às comunidades e às autoridades locais e regionais para operacionalização de planejamento específico a Nova Roma e redondezas, visando as qualificações para a empregabilidade”, adianta. A Aclara já mantém uma equipe de profissionais qualificados atuando em um plano de comunicação. Há um canal* aberto 24 horas por dia e 7 dias por semana, para comunicação direta como atividade complementar das sessões e incursões, através de reuniões presenciais, com as diversas comunidades, além de apresentações e reuniões abrangendo todos os públicos envolvidos, além da comunidade escolar, religiosa e quilombola.
Fonte: Brasil61