O avanço de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocorre na maior parte do país, em todas as faixas etárias, de acordo com o Boletim InfoGripe, divulgado nessa quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a entidade, o cenário parte da circulação de “diversos tipos de vírus”, presentes no país. Entre eles, os principais são Sars-CoV-2 (Covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
De acordo com o levantamento, os casos de SRAG por Covid-19 apresentaram um salto nos estados do Centro-Sul. No entanto, em estados como Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo houve desaceleração do crescimento de casos em idosos, nas últimas semanas.
Por outro lado, a quantidade de casos de SRAG por influenza A (gripe) registrou um avanço em estados do Nordeste. No que diz respeito ao Sudeste e ao Sul brasileiros, os casos ocorrem em combinação com o aumento por Covid-19. Já acerca de ocorrências relacionadas ao VSR, percebe-se crescimento em estados de todas as regiões do país.
Diante desse quadro, o pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) Marcelo Gomes recomenda que, ao perceber qualquer sintoma, os cuidados sejam redobrados.
“Está com um quadro que parece um resfriado, uma gripe ou Covid-19, faça repouso, fique em casa para fazer o isolamento e a recuperação. Busque o atendimento médico adequado para saber o que se tem —e fazer o acompanhamento específico, especialmente se for grupo de risco. Se precisar sair, não puder fazer o isolamento por algum motivo, use uma boa máscara”, orienta.
Impacto nas crianças
Na última semana, o boletim apontou que a SRAG ainda impacta crianças de até dois anos de idade, tendo como principal agente desse crescimento de casos o vírus sincicial respiratório. Quanto ao vírus influenza, ele tem provocado um aumento de ocorrências de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19, por sua vez, mantém maior impacto nas crianças pequenas e em pessoas com idade a partir de 65 anos.
Situação nos estados e nas capitais
De acordo com a Fiocruz, 24 unidades da federação registraram indícios de aumento de SRAG na tendência de longo prazo — ou seja, nos últimos seis meses. São eles:
- Alagoas
- Amapá
- Amazonas
- Bahia
- Ceará
- Distrito Federal
- Espírito Santo
- Goiás
- Maranhão
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
- Pará
- Paraíba
- Paraná
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Rio de Janeiro
- Rondônia
- Santa Catarina
- Sergipe
- São Paulo
- Tocantins
Já entre as capitais, o boletim revela que 20 delas tiveram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Fonte: Brasil61