A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus, que pode infectar tanto crianças quanto adultos. O infectologista Victor Bertollo, chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Subsecretaria de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, explica que cerca de 75% dos infectados não vão desenvolver nenhum sintoma, apesar de poderem transmitir o vírus.
Mas, nos outros casos, os pacientes podem ter sintomas gripais, quadros de meningite e até paralisia permanente.
“Uma parte dessas pessoas vão desenvolver uma síndrome parecida com uma síndrome gripal, com febre, dor no corpo, histamina, dor de garganta. Vai ser um quadro leve, autolimitado. E um percentual pequeno, por volta de 4%, pode ter quadros de meningites. Também é um quadro que traz dor de cabeça intensa, febre, indisposição, mas que tende a reverter espontaneamente e evoluir para cura sem sequelas. E uma parcela pequena, menos de 1%, vai ter de fato a poliomielite paralítica, que é a doença que causa uma paralisia flácida da musculatura do indivíduo, por um acometimento da medula espinhal em múltiplos locais diferentes.”
Apesar de o Brasil ter recebido o certificado de eliminação do poliovírus selvagem do território nacional em 1994 — como resultado da intensificação da vacinação —, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a importância de vacinar os pequenos.
“A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e atualizar a situação vacinal se necessário.”
Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses de vacina inativada — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha.
O Ministério da Saúde ressalta que a vacinação é a principal forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação.
Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura.
Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.
Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao.