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A idade do medo, ou o medo da idade?

Last updated: 2024/12/19 at 4:03 PM
O Divergente Published dezembro 19, 2024
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A idade do medo, ou o medo da idade?
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Os medos do homem têm a sua idade e sempre o acompanharam. Em cada tempo de sua vida, sua vida durou um tempo, e teve seus medos de estimação. Houve um tempo em que o medo só existia diante de uma ameaça real, e acabava quando a ameaça passava. O homem desse tempo tinha um cérebro pouco desenvolvido, que só lhe permitia duas opções: fugir ou lutar; o medo só existia em forma de sensação, terminando logo, pois enfrentando ou fugindo, a atenção do homem estava na ação e não na sensação.

Quando se foge de um leão não se presta atenção no que se está sentindo, toda a atenção está no fugir. O homem só conseguiu ter o sentimento do medo quando seu cérebro se desenvolveu mais e então, mesmo após a ameaça real passar ele ficava se lembrando dela e imaginando o que poderia ter acontecido, e : “e na próxima vez?”. Seu cérebro lhe permitia abstrair, imaginar o futuro (por isso que só o “bicho” homem tem ansiedade) e lembrar do passado, tendo o presente ligando os dois. Aí a ansiedade e todos os outros sentimentos passaram a ocupar sua mente mantendo-a 70% do tempo no passado, 25% no futuro, e apenas 5% do tempo no presente.

Os medos foram e são úteis para o homem, preparando-o para enfrentar situações difíceis e imprevisíveis; sentir medo é saudável, o medo só atrapalha quando o homem se identifica com ele. Política e religião sempre estiveram envolvidas com poder, miséria, violência, ignorância e morte, portanto sempre foram poderosas fontes do medo. Por centenas de anos o homem teve medo de que algo que dissesse pudesse ser considerado um desacato ao rei ou ao papa, o que poderia dar-lhe o “direito” de ser enforcado, queimado vivo, esquartejado, ou algo do gênero.

Por centenas de anos, as guerras foram tantas, as leis tão eletivas, o conhecimento tão pouco, que a morte era a regra. Existia o medo da morte, mas não o medo da idade.

Poucas pessoas que não nascessem saudáveis sobreviviam além dos 40 anos; medo de Câncer, Reumatismo, Derrame, Infarte, Colesterol, Hipertensão Arterial, Síndrome do Pânico….nem pensar.

Hoje estamos cercados de tecnologia e informações, num mundo globalizado, compartilhando tragédias, vivendo com medo de ficar velho, de se aposentar. Porque se aposentar do trabalho é diferente de aposentar-se da vida, mas…então não é possível se aposentar, a não ser para uma minoria de privilegiados.

Velhice não é doença, é idade. Idade não sendo doença não precisa de cura. Idade tem vida, não tem morte. O velho não quer mais vida, ele quer mais da vida, está cansado de remédios e cuidados, quer mais atenção e amor, respeito, ser aceito.

Essa sensação de impotência, de inutilidade, de indiferença, de dependência, de ser um peso, é pior e mais cruel do que qualquer sensação de medo. Ter medo de ficar velho é o mesmo que ter medo de viver, pois o único jeito de não ficar velho é morrer novo.

É uma benção viver com dignidade e atenção, e receber a “chegada da partida” em harmonia, cercado de atenção e amor, respeito, com honras e homenagens.

Se você tem o privilégio de ter pessoas de idade em sua família aproveite para fazer tudo o que puder por elas, pois estará ensinando os seus filhos como deverão trata-lo quando envelhecer.

Manuel Castro Lahoz – É médico Clinico Geral e Geriatra, faz Psicoterapia Cognitiva. É Perito do INSS e da Justiça do Trabalho.

O Divergente dezembro 19, 2024
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