O Sesi Lab promete proporcionar uma experiência inédita no Brasil, devido a sua principal característica: a interatividade dos visitantes com as exposições. O museu de arte, ciência e tecnologia será sediado em Brasília e estará aberto aos visitantes a partir de 30 de novembro. O diretor de Operações do Sesi Nacional, Paulo Mól, ressalta a importância do novo espaço para a educação no país.
“É um museu extremamente importante porque ele é interativo. As pessoas interagem com cada um dos aparatos. Então, todos os aspectos científicos, aí estou falando da física, da química e da biologia, elas começam a aprender todos esses fenômenos a partir da interação com os aparatos que estão lá. Isso é extremamente importante para o aprendizado. Muito mais importante do que o museu, é o movimento em prol da educação no Brasil”, destaca o diretor.
Um dos principais objetivos do Sesi Lab é estimular o interesse da população pela ciência. Para isso, foi desenvolvido projeto para atender escolas públicas e privadas com visitas guiadas e um programa de formação de professores pensado para trabalhar o ensino sobre o uso do local para o cumprimento do currículo escolar. A expectativa é receber cerca de 85 mil estudantes e 3.000 professores, além de 350 mil visitantes por ano.
“Nosso objetivo é fazer com que possamos atrair novos cientistas, novos pesquisadores, que isso passe a fazer parte da vida de todas as pessoas, de todos os estudantes. O Sesi Lab vai ser um apoio às escolas nas áreas de arte, ciência e tecnologia”, explica Paulo Mól.
De iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o novo espaço mistura modernidade, arte e educação ao longo dos seus 7,5 mil metros quadrados de área construída, com cinco galerias expositivas e 100 experimentos interativos em exposição de longa duração. Entretanto, as exposições não ficarão restritas à parte interna e a quem estiver nas dependências do prédio.
Diversas obras ficam expostas na parte externa, com as quais pessoas que transitam no local poderão interagir livremente. Dentre elas, um painel inédito do artista Athos Bulcão, que fica em uma das áreas de maior circulação pública, com aproximadamente 135 metros quadrados de uma combinação de três azulejos que formam diferentes imagens ao longo de sua extensão.
A ideia é que o local seja um espaço democratizado, para ampliar o acesso à arte, ciência e tecnologia a todos os públicos. Por isso, o museu foi construído em uma das áreas mais movimentadas da capital, no antigo edifício Touring Club, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que estava abandonado após servir como rodoviária para o Entorno do Distrito Federal. O prédio fica localizado no centro de Brasília, onde circulam, aproximadamente, 600 mil pessoas por dia. A gerente de Desenvolvimento Institucional do Sesi Lab, Cândida Oliveira, afirma que o local foi escolhido estrategicamente para atingir o maior e mais diverso público.
“O Sesi Lab é um projeto inédito, não só para Brasília, mas também para o Brasil. Ele chega como a peça que faltava no corredor cultural central. Nossa ideia, inclusive, é mudar a dinâmica desse espaço, aumentando e criando um fluxo entre os equipamentos que já estão aqui, como o museu da República, a própria biblioteca, a catedral. Nosso objetivo, inclusive, é ampliar esse acesso a quem nunca, de repente, entrou em um museu”, pontuou.