Mawaca, icônico grupo da cena paulistana, lançou recentemente seu oitavo álbum. “Nama Pariret” é uma viagem aos cantos femininos de várias partes do mundo, em um registro poderoso e intimista. Buscando ampliar essas narrativas e trazer uma popularização destes cantos, elas lançam um clipe para a faixa “Gada Meilin” e um songbook com as faixas do álbum, disponível gratuitamente e que pode ser conferido junto das canções, em um mergulho completo para os ouvintes.
Assista ao clipe “Gada Meilin”: https://youtu.be/tiNP0WI6mks
Baixe o songbook: https://mawaca.com/nama-pariret/
Ouça “Nama Pariret”: https://tratore.ffm.to/nama-pariret
Ouça no Bandcamp: https://mawaca-oficial.bandcamp.com/album/nama-pariret
O novo álbum do Mawaca dialoga com o início do projeto, há 27 anos, e joga luzes sobre um repertório cantado por grupos minoritários em diversos dialetos como occitane, mongol, ladino, carélia, pugliese, línguas como espanhol, xhosa e búlgaro, além de português. “Nama Pariret” apresenta dois conceitos que permeiam o trabalho das artistas: nama é a força vital para a etnia Dogon do Mali e pariret é o termo usado pelos Ikolen-Gavião para se referir às coisas belas.
“Gada Meilin”, faixa escolhida para ganhar clipe, é uma canção tradicional asiática sobre herói popular mongol cujo nome dá título à música. Sua vida e feitos foram contados em um longo poema com mais de 2.000 versos. Depois de anos considerada proibida, a composição foi traduzida para mandarim e tornou-se bastante popular na China. Hoje faz parte de coletâneas de música chinesa e é um dos destaques do novo álbum do Mawaca, que pode ser adquirido em uma edição especial e limitada no site do grupo.
A direção do vídeo é assinada por pelo premiado Carlos Eduardo Magalhães (“Ara Pyau – Primavera Guaraní”, “Sou Moderno, Sou Índio”) com fotografia do também laureado Vinicius Berger, conhecido por uma obra ativista e politizada. Filmado na Vila dos Portões, um espaço cultural e museu arquitetônico em meio à natureza que trouxe uma aura onírica para o vídeo e casou com todo o universo do disco.
“Esse projeto teve como foco a imersão nas vozes de mulheres de diferentes lugares do mundo, buscando explorar as vocalidades desses cantos femininos, que apresentam demandas de todo tipo. O álbum joga luzes sobre um repertório cantado por grupos minoritários em diversos dialetos e línguas. Nos despimos da instrumentação poderosa que sempre nos acompanhou e nos debruçamos sobre pérolas musicais delineando os caminhos percorridos por mulheres em tempos remotos e atuais”, conta a arranjadora Magda Pucci.
Pucci assina todos os arranjos do songbook, que teve edição de Rita Braga. Esse projeto foi contemplado pelo Edital ProAC Expresso destinado a apoiar a gravação de álbuns musicais inéditos.