A vítima compareceu na delegacia no dia 12/12 para comunicar os fatos e solicitar medidas protetivas. A mulher apresentava diversas lesões, por toda parte do corpo. Uma delas no rosto, em que era visível a lesão grave em seu maxilar. Após o atendimento, a vítima foi encaminhada para o hospital, onde ficou internada por alguns dias, devido às lesões, e se confirmou que a mandíbula estava com fratura completa. A Deam representou pela prisão do indiciado. Durante toda a investigação, o autor demonstrou descrédito para com as instituições de persecução criminal, encaminhando mensagens para conhecidos acreditando que nada de grave lhe ocorreria. Após o deferimento inicial da medida protetiva de urgência, o agressor enviou uma mensagem, via rede social, a uma pessoa informando ter conhecimento da medida, e, em tom jocoso, disse que teria que “gastar com advogado”. O autor tentou manter contato com a vítima, após ter ciência da concessão das protetivas, com a intenção de que ela alterasse a verdade dos fatos, visando o beneficiar.
Diante de todo o apurado, a autoridade policial representou pela concessão de prisão preventiva. O Ministério Público, por sua vez, entendeu estarem presentes ainda mais outros crimes – descumprimento de medida protetiva de urgência e fraude processual. O autor, conquanto tenha sido militar no passado, possui diversos registros policiais, dentre eles outra violência doméstica contra uma ex-companheira e uma infração em que desacatou e lesionou um policial militar, quebrando seu braço, durante uma abordagem. O agressor foi preso em uma chácara nas imediações de Planaltina e encaminhado para a cadeia pública.
Fonte: PCGO