O uso “indiscriminado” de pronomes pelos nomeados do novo governo não representa de forma nenhuma inclusão, apenas demonstra ignorância litúrgica e da língua portuguesa.
O uso em conjunto de TODOS e TODAS já é incorreto para se falar de todas as pessoas. Notem que acabamos de escrever “todAs as pessoas”, e mesmo sendo escrito com “A” não é nenhuma forma de descriminação contra os homens, da mesma forma que nas horas em que é usado O, em todOs, não está de maneira alguma diminuindo a importância das mulheres. Exceto na mente de patrulheiros ideológicos, seja religiosa, política, de costumes, e quaisquer lados que possam ter e que nada contribuem.
O caso de “TODES”, inexistente na língua portuguesa e nas lógicas semântica e etimológica, é ainda um absurdo mais gritante, até mesmo dentro do que prega esses que fazem militância em separar as pessoas dessa forma, enquanto ao mesmo tempo dizem, nos casos que importa, quererem criar um equilíbrio.
Basta vermos o ridículo do uso da pseudo-palavra “presidentA”. Os mesmos que brigam para ter versões sem gênero para várias palavras, seja para pronomes ou funções, são os que insistiram, erroneamente, de deixar a palavra neutra “presidente” [que estaria na mesma lógica – ou falta dela – de todEs) para usar “presidentA”.
Talvez devêssemos criar um substântivo masculino “VítimO” para não deixarmos os homens desconfortáveis em ser serem chamados pela versão, normal, correta, e sem viés ideológico, feminina de “VítimA” ou, para piorar, criar um “VítimEs”.