Segundo o delegado Arthur Fleury, responsável pelo caso de homicídio, em todos os casos, Leandro agiu de maneira semelhante. “Só que agora, mais recentemente, ele evoluiu das agressões para o homicídio, provavelmente, para não deixar testemunhas”, explicou. A vítima do inquérito presidido por Fleury foi encontrada morta carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela tinha sinais de tortura, como um arame enrolado no pescoço, além de mais de 30 perfurações pelo corpo.
Em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (13), Fleury estava acompanhado do delegado Carlos Levergger, de Aparecida de Goiânia, que foi quem conduziu os casos das garotas agredidas em 2014. Levergger explicou que , à época, as vítimas, todas garotas de programa que trabalhavam na região dos motéis, nas proximidades da BR-153, relataram que foram agredidas, forçadas a manter relação sexual sem preservativo e, em alguns casos, tiveram os rostos desfigurados por ação de objetos cortantes. “O inquérito foi robusto, com todas as provas, enviado ao Judiciário”, pontuou.
De acordo com relatos das vítimas da época, Leandro tinha preferências sexuais que causavam estranheza nas mulheres, as quais reagiam de forma surpresa e que desagradava o suspeito. O comportamento se repetiu na vítima encontrada morta em Abadia de Goiás. Nesse caso, a mulher chegou a mandar uma mensagem para uma amiga, comentando a preferência do cliente e dizendo que nunca havia praticado tal ato. Leandro ficou preso cerca de oito anos e, no final de 2021, recebeu o benefício de cumprir a pena em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Além de Leandro, outro homem foi preso e uma mulher, que estava foragida até a última terça-feira (10), foi localizada e ouvida na delegacia nesta quinta-feira (12). A mulher, também garota de programa, passou a ser tratada como testemunha do caso e contou que foi ao motel acompanhada de um amigo de Leandro, após receber um pix antecipado do próprio suspeito. “Ao que tudo indica, esse comparsa entrou no motel para ajudar o amigo, que já tinha praticado o crime”, conta Fleury. Imagens do circuito interno do motel ajudaram a polícia a traçar a movimentação dos dois casais no dia do crime.
Fonte: PCGO